Olhei firmemente a luz esverdeada.
A névoa brilhante ilumina a noite.
A humanidade está numa encruzilhada
Levei a vida toda te ignorando.
Mas nesta noite onde a radiação invade.
Jogo fora todo o meu medo.
Não posso fingir que não te conheço.
Declaro meu amor no dia que pereço.
A gente nasce para morrer.
A vida, eu acho que é sofrer.
Eu vejo que você está confusa.
Mas tudo bem, eu também estou!
Apesar disso eu ainda tenho esperança.
Mas há um longo deserto nos separando.
A pergunta que faço é:
Quem colocou este deserto?
Que tornou nossa aproximação tão distante...
O mundo realmente não faz nenhum sentido...
Mas quando o Sol resolver nascer.
O amor não vai mais me dizer: Por quê?
Acho até que vamos dar risadas dessas coisas.
E ai, o melhor vai acontecer.
Pois vai começar uma nova estória.
Que vai ser do morrer a eternidade.
Deixa-me ser a tua amiga, Amor,
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor
A mais triste de todas as mulheres.
Que só, de ti, me venha magoa e dor
O que me importa a mim? O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for,
Bendito sejas tu por mo dizeres!
Beijá-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascessemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...
Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!...
Florbela espanca.